Um dia com pernas e outro sobre rodas
Aparentemente era feliz… mas uma adolescente nunca se sente verdadeiramente feliz, mesmo que o seja. Há sempre algo que nunca está bem…
Aparentemente era feliz… mas uma adolescente nunca se sente verdadeiramente feliz, mesmo que o seja. Há sempre algo que nunca está bem…
Tinha dias melhores
outros piores e ainda outros… mas podia-se dizer que tinha uma vida boa e
feliz.
Era uma rapariga saudável, tinha uma família animada e que me
apoiava. Tinha bons amigos que gostavam de mim.
Mas tinha um defeito… gostava de dormir muito. Aos
fins-de-semana a minha mãe chateava-se sempre comigo. Pois dormia tanto que
tinham de me acordar para almoçar.
Aproximadamente duas semanas antes da data do meu aniversário comecei a ficar demasiado ansiosa, pois andava há imenso tempo a convencer os meus pais a oferecerem-me uma prancha de sky para poder aproveitar a neve que se instalava todos os invernos, na minha cidade. Os meus pais não concordavam em dar-me o presente que escolhi, mas eu tinha uma remota esperança que pudessem satisfazer.
Aproximadamente duas semanas antes da data do meu aniversário comecei a ficar demasiado ansiosa, pois andava há imenso tempo a convencer os meus pais a oferecerem-me uma prancha de sky para poder aproveitar a neve que se instalava todos os invernos, na minha cidade. Os meus pais não concordavam em dar-me o presente que escolhi, mas eu tinha uma remota esperança que pudessem satisfazer.
Por volta desta altura começaram a surgir-me umas dores, muito
estranhas por todo o corpo. Fui ao hospital, mas os médicos diziam que não era
nada e mandavam-me para casa. Mas as dores permaneciam e cada vez mais intensas.
Regressei diversas vezes ao hospital, mas o diagnóstico era inconclusivo, não se
entendiam a origem das dores.
Finalmente, o dia dos meus anos chegou…
Estava ainda a dormir quando os meus pais entram pelo meu quarto
e me acordaram. Olhei para eles, ainda ensonada e bastante espantada por me
terem acordado tão cedo. Então, percebi, ao deparar-me com enorme embrulho que
o meu pai tinha nos braços.
O tão desejado dia tinha
por fim chegado…
Quase instintivamente
tentei saltar da cama, mas algo não o permitiu. Fiz um esforço e nada
aconteceu. Parecia que uma força sobrenatural me impossibilitava de qualquer
movimento.
Passaram-se apenas alguns segundos e os meus pais já me olhavam
e incrédulos. Pois, conhecendo-me como conheciam estavam espantados de eu ainda
permanecer deitada, em vez de saltar da cama e rasgar freneticamente o embrulho
como era meu hábito, sempre que era presenteada.
Sem comentários:
Enviar um comentário