terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O diário de um espelho

                                                        10 de dezembro, 2013

Boa tarde, querido diário

 Como tens andado? Peço-te desde já imensas desculpas por não te ter escrito nestes últimos dias.
 Sabes, a minha vida tem andado uma autêntica reviravolta.
A minha família mudou-se recentemente para uma nova casa. Uma casa aparentemente grande, com dois a três andares, penso eu, e com uma garagem privada cujas dimensões não consegui observar pormenorizadamente, pois só a vi de passagem, com muita pena minha.
 No percurso desde o carro até ao interior do meu novo lar, um imenso jardim em redor da casa chamou-se à atenção. Tinha um relvado enorme e era imensamente verde, tal e qual o verde da jarra que me fazia companhia na casa antiga. Nele cresciam bonitas tulipas e  uma árvore enorme que parecia entrar pelo  grande céu azul .
Quando passei por la senti-me no paraíso, só desejava que me deixassem ficar ali, mas não deixaram, só consegui observar uns segundinhos daquele jardim maravilhoso...
Fiquei feliz de ter sido um dos primeiros a ir para aquela casa, o que demonstrou que a minha família se preocupava comigo e fazia questão que eu visitasse a magnífica moradia que escolheram. No entanto, a minha felicidade desmoronou-se quando me apercebi que as remodelações ainda não tinham terminado e que me iam deixar num canto qualquer durante alguns dias…

Bem querido diário, volto a comunicar-te assim que me for possível, visto que está a ficar de noite e ainda não temos eletricidade.

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