Os meus pais nem queriam acreditar no que ouviam. Insistiram
para me levantar, que estava a brincar com eles e que com coisas sérias não se
brinca.
E eu lá continuava deitada… Apenas consegui levantar os braços
para acolher os meus pais. Senti que já conseguia falar. Expliquei novamente
aos meus pais que não sentia as minhas pernas, não as conseguia mexer um
milímetro fosse e
que apenas sabia que elas estavam completamente paralisadas.
que apenas sabia que elas estavam completamente paralisadas.
Aquelas dores todas que
sentia queriam dizer alguma coisa, mas nenhum médico quis saber, deu valor ou
tentou descobrir.
De imediato, ligaram para a emergência médica.
Entretanto, ainda tive tempo de pedir aos pais que
desembrulhassem o meu presente de aniversário.
Por breves instantes, quase saltei de alegria ao ver sair do
embrulho a minha tão desejada prancha de sky. Mas após este primeiro impacto,
dei-me conta da triste realidade e desatei num pranto enorme.
Rapidamente fui
transferida para o hospital sem sequer ter tempo de apreciar devidamente a
minha prancha.
Os médicos ficaram
surpreendidos com o meu estado clínico. Não conseguiam perceber o que tinha
acontecido.
Passei os quinze dias
seguintes internada a fazer exames médicos e mias exames e ainda mis exames. E
claro que os resultados eram sempre os mesmos: inconclusivos.
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