quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Sexta feira 13 (5)

Comecei a caminhar ao longo da rua de onde surgi.
Era uma rua larga muito colorida e luminosa, tal como todas as plataformas voadoras que me eram dadas a observar.
 Parei junto a um edifício enorme, circular, alto e muito movimentado. Pensei que talvez fosse uma escola com estacionamento incorporado nos últimos andares. Pois imensas crianças e jovens entravam para os pisos superiores nas suas Kombis Voadoras.
Havia inúmeros edifícios das mais variadas formas, cores e imagens diversas.
Parecia que estava no País das Maravilhosas ou a participar num episódio de Desenhos Animados. Pois, eram tanta a cor, luminosidade e movimento que existiam em torno de mim.
Após andar mais alguns metros, agora sem que ninguém parasse para reparar em mim, deparei-me com um outro edifício igualmente movimentado em forma de esfera multicor. Para onde os adultos se dirigiam, sempre conduzindo as suas plataformas voadoras. Era algo poderia ser perfeitamente um ginásio, já que nos pisos inferiores pude ver algumas pessoas a fazer movimentos, para mim, desconhecidos, mas que poderiam perfeitamente serem para exercitar o físico.
Decidi contornar o suposto ginásio, que no piso à superfície da rua era transparente permitindo observar claramente o seu interior. Este era composto por ecrãs gigantes perante os quais os adultos de diferentes sexos se posicionavam em cadeirões individuais que tremiam, uns com muita intensidade e outros aparentemente estáticos.
Para grande surpresa minha não havia passadeiras, nem pesos, nem aparelhos diversos, nada… E ninguém parecia quase comunicar com os seus semelhantes, apenas o essencial, por isso, as ruas estavam silenciosas.
Mas onde teria eu ido parar e como teria aqui chegado?
Tentava organizar as minhas ideias, mas estava tudo demasiado confuso.
Como seria possível perder apenas umas chaves e agora por mero castigo, não sei, vir parar a esta cidade assombrosa.
Aquele local, aquele silêncio e aquelas “abelhas voadoras” que nunca paravam e que encobriam o espaço

Tinha a sensação de há imenso tempo não falar com ninguém, não comunicar e isso incomodavam-me bastante.

Sem comentários:

Enviar um comentário