sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sexta feira 13 (7)

Então, foi a vez de a senhora falar, explicou que ela e o marido iam caminhado pelo passeio quando de repente, me viram cair sem razão aparente e que se aproximaram de mim para me auxiliar.
 Olhei à volta e percebi que estava precisamente deitada à porta de minha casa e reconheci o rosto do meu pai que tinha aparecido nesse instante, dizendo: “Maria desmaiaste de novo! Voltaste a estar sem comer durante algumas horas, sua marota! Já sabes que esses diabetes não perdoam. Tens que ter mais cuidado! Vou dar-te de comer! Vou ter fazer um jantar belíssimo!
O meu pai agradeceu ao casal, levou-me ao colo para dentro de casa e depositou-me sobre o sofá.
Então, contei-lhe como fiz desaparecer as minhas chaves, mas o meu pai não me ralhou e disse-me que se haveria de se arranjar uma boa solução para retirar das chaves. Agradeci-lhe e ele foi buscar-me um prato de comida que devorei fugazmente.
Quando finalmente, tudo ficou mais calmo contei o meu dia ao meu pai e prometi a mim mesma jamais criticar as crenças e superstições de cada um.
No dia seguinte ainda estava bastante zonza, mas preparei-me com a alegria para enfrentar um novo dia de aulas.
Arranjei-me, vesti-me sem grandes preocupações com o vestuário, apenas preocupada em agradar a mim própria.
As minhas prioridades mudaram.
Tentarei viver a minha vida apenas expressando os meus sentimentos e sem querer saber do que os outros pensam. Das minhas atitudes e opções de vida.

Afinal, as sextas-feiras, dia 13, têm algo de especial: há dias horríveis, mas também há dias que nos fazem pensar e mudar.

Sem comentários:

Enviar um comentário